Os anos se passaram. Enfim o ensejado século XXI aportou em nossas casas. Agora nos resta ultrapassar a fase de transição. Da luta entre o velho e o novo, aniquilar a antiga forma de pensar e manter o conservadorismo sob camisa-de-força. Nossa liberdade está em nossas mentes. A discussão começa agora. Bem vindo à Comunidade Chao. e-mail: juniorchao@hotmail.com

segunda-feira, agosto 23, 2004

SONETO VII (EVIDÊNCIAS)

Célebre imprudência transtornar
Sem aviso sobre o campo seco e nú
Dobram-se em rugas estigmas no ar
Cospe-se o casco, ventre negro e cru

Doravante, a vida, se não a for,
Em certo, fulgente encontrará
Paradigmas cumulados com horror
da suntuosa vontade de alcançar

No escuro a tempestade que rodeia
Entre vívidos e senis, prosperar
O hábito arruinado que incendeia

Partículas de marasmo pelo ar
E que espele palavras e semeia,
entre o caos, a virtude de calar.

Junior Chao

terça-feira, agosto 10, 2004

Composição

=== Este espaço é dedicado ao amigo de infância Alex, que mora em Fortaleza, e mesmo assim mostrou que a distância e os anos não extinguem os laços... Obrigado amigo pela mensagem:
"(07/08 11:32) alex FORTALEZA: vc mostrou ser um bom escritor; e eu me dei a liberdade de musicar O SONETO V. Ok! depois eu lhe passo mais detalhes."
=== Obrigado Alex, mas não sou um escritor. Só gosto de brincar com as palavras... Kkkk
===Tenho certeza que a composição que você fez trará vida suficiente as poucas letras que publiquei no Soneto "V" (Outono). Fique com Deus e espero sua visita aqui em Jampa para ouvir ao vivo. Você provou mais uma vez que a internet faz maravilhas... Rss

Junior Chao

sexta-feira, agosto 06, 2004

Soneto V - OUTONO

A folha seca despojada sobre a superfície
Sente a liberdade, enfim, de se livrar do galho
A brisa golpeia insensibilidade: orvalho
E espalha todo o império vil da planície.

Cai a folha, enfim, desidratada, inanição
E, em rebeldia, desata do umbilical
Agora, sem o teor da seiva elaboral,
Pousa, em sono, só com um toque, pelo chão

Livre, porém, vulnerável situação
Feito o homem no deserto vir a ter
Os lábios rachados os são por lição
Àqueles que insistem a umidade temer
O vestido turvo-neblino da estação
Que anuncia o frio: o renegado poder.

Junior Chao