Os anos se passaram. Enfim o ensejado século XXI aportou em nossas casas. Agora nos resta ultrapassar a fase de transição. Da luta entre o velho e o novo, aniquilar a antiga forma de pensar e manter o conservadorismo sob camisa-de-força. Nossa liberdade está em nossas mentes. A discussão começa agora. Bem vindo à Comunidade Chao. e-mail: juniorchao@hotmail.com

sexta-feira, agosto 06, 2004

Soneto V - OUTONO

A folha seca despojada sobre a superfície
Sente a liberdade, enfim, de se livrar do galho
A brisa golpeia insensibilidade: orvalho
E espalha todo o império vil da planície.

Cai a folha, enfim, desidratada, inanição
E, em rebeldia, desata do umbilical
Agora, sem o teor da seiva elaboral,
Pousa, em sono, só com um toque, pelo chão

Livre, porém, vulnerável situação
Feito o homem no deserto vir a ter
Os lábios rachados os são por lição
Àqueles que insistem a umidade temer
O vestido turvo-neblino da estação
Que anuncia o frio: o renegado poder.

Junior Chao