Os anos se passaram. Enfim o ensejado século XXI aportou em nossas casas. Agora nos resta ultrapassar a fase de transição. Da luta entre o velho e o novo, aniquilar a antiga forma de pensar e manter o conservadorismo sob camisa-de-força. Nossa liberdade está em nossas mentes. A discussão começa agora. Bem vindo à Comunidade Chao. e-mail: juniorchao@hotmail.com

sexta-feira, julho 30, 2004

NOSSA TORRE DE BABEL

=== A globalização chegou e ninguém segura mais. Nem mais adianta optar entre o contra ou o a favor. Assim normalmente segue o pensamento: temos que nos adaptar ao caminhar da existência humana. A cultura, os hábitos e, inclusive, as experiências se tornaram coletivas, de forma que o mundo vem se tornando, cada vez mais, uma grande “sopa de letrinhas”, em cuja mistura o homem vem sido despido de suas divergências em prol da universalização do Planeta Azul.
=== Podemos utilizar como um paradigma inverso a passagem bíblica em que, obcecados pela unificação, os homens tentaram erguer uma torre, na Babilônia, de forma que nunca fossem espalhados pelas faces da Terra. Em Gênesis 11, podemos acompanhar o momento da “ira” de Deus, punindo-os com a mistura de línguas, de forma que uns não compreendessem aos outros, obrigando-os, destarte, a se separarem em povos, o que, em sede de registro bíblico, teria originado a diversidade das línguas e, daí, conseqüentemente, as nações e diferentes multi-formas-culturais. Bem. Parece-me que fomos perdoados, ou então estamos insistindo no mesmo erro.
=== Após milhares de anos, o mundo já tem, em 80%, uma língua universal: a inglesa. E mais: estamos derrubando as fronteiras geográficas e culturais. Tem alemão ouvindo bossa e índio dançando tecno-beat. A internet caiu como uma luva, exterminando as paredes que separavam as nações e aqueles “que se confundiram pelas línguas com a queda de Babel...”.
=== Pois é. Babel, que significa confusão, está sendo reerguida e com colunas bem resistentes que impeçam uma nova queda. Talvez, sei lá, agora, esta seja a meta de Deus: a união das nações, pela mistura, então, não mais das línguas, mas dos hábitos e culturas como um totum de tudo o que já foi experimentado e apreendido pelo inconsciente coletivo, o que, agora, resulta em uma interação, a qual não pode mais ser mensurada ante o grau de evolução em que já nos encontramos. Temos o instrumento. Entretanto ainda somos ignorantes por não saber usá-lo.
=== O nascimento de blocos econômicos entre países afins; a criação de cortes internacionais; a fome; o descaso; a guerra e o riso. Tudo agora em grande escala, efeitos imediatos de uma globalização pré-histórica ainda temerosa; o que diria melhor: atualmente, estamos vivenciando a era das cavernas numa nova fase da existência humana, onde, conforme a Teoria da Evolução de Darwin, somente restarão aqueles que se adaptarem.
=== Enfim, abandone os continuísmos. Derrube, primeiro, as fronteiras que você criou em torno de ti; depois, aquelas que ergueram, independente de sua vontade própria, com o cunho único de empreender limites desnecessários, que lhes fossem favoráveis (quem são eles?). Pronto: a essência do Ser voltado para um amor maior, paz no mundo, fé em Deus e interação. Ter medo do novo é arriscar ser infeliz.
===É o que não quero para mim.

Junior Chao